quinta-feira, 27 de junho de 2013

O resumo da ópera

O Resumo da Opera...

 
 
 
Enfim, passaram-se alguns meses desde a última postagem...tanto tempo que acheguei a esquecer meu login!(rs...)
Mas resumindo... O Bar do Bigorna ou Bigorna Bar é mesmo muito animado, tanto que não dei conta de morar lá perto... Foram noites sem conseguir dormir... O que no início era engraçado, com o tempo ficou chato e por fim estava mesmo me deixando doente!
No final do ano fui para o Brasil, para as Festas, voltei dia 18 de janeiro e fui recepcionada pela tempestade. Cheguei cansada e molhada até os ossos... Nada de anormal se não estivesse um frio de uns 5ºc...
Resultado: Pneumonia!
 
Foram dias difíceis e noites impossíveis!
 
Certa madrugada, o pessoal da rua se excedeu, invadiram a Casa de D. Anita (nossa casa) pela casa abandonada vizinha e fizeram um quebra-quebra no quintal... detonaram a mesinha e as cadeiras que deveriam ser pra estudos e relex nos dias de sol, que estavam distantes neste inverno.
Chamamos a polícia que demorou quase 1hora pra chegar. Quando finalmente chegaram, disseram: deviam ter-nos chamado... bem, eu fiquei com vontade de responder: Deveriam ter chegado rápido... Mas não disse, além de estrangeira, fiquei no meu lugar, já que D. Anita (dona da casa) estava a frente da situação.
 
 
Enfim, nada se resolveu pela polícia. Quem resolveu mesmo foi um vizinho que entro pela casa de D. Anita e travou a porta com duas barras de ferro e as in vasões acabaram.
O barulho e a falta de respeito não...
 

O caso da caixa de correspondência:

Bem, é de praxe jogarem as bitucas de cigarro pelas caixas do correio das casa na Sé Velha, mas naquela noite não foi só isso, não...
Uma senhorinha, que aqui vou chamar de D. Maria (pra proteger a identidade dela), que mora nas imediações do lago da Sé Velha acordou no meio da noite com uns gajos a esmurrar-lhe a porta da casa.
Cheia de medo, ela pegou uma vassoura e, armada, sentou-se no sofá da sala. Pensava em defender-se caso lhe invadissem a casa. Sentada, em vigília, D. Maria ouviu risos e comentários estranhos. Ficou aguardando.
Enquanto aguardava pensou que se forçassem a porta telefonaria para a polícia e se entrassem, ela os acertaria com a vassoura, afinal ela iria se defender!
Para total espanto de D. Maria, ela vê entrar pela abertura da caixa de correspondências, o membro fálico de um dos gajos que já começava a urinar em sua sala... Uma grande revolta se apossou da senhorinha e sem que se desse conta, já estava ela, agarrada ao membro do rapaz puxando e torcendo com toda a força de sua indignação.
O rapaz, começou a gritar de dor, de susto, de desespero: - Ai, estou preso, estou preso! Os amigos se riam enquanto ele gritava: Solta, solta! Ai, ai...
A gritaria foi tanta que as pessoas nos bares em volta começaram a chegar mais perto e mais risadas se juntaram no largo da Sé Velha, diante daquela cena bizarra... Um gajo, com as calças meio caídas, colado à porta de uma das casas, gritando desesperadamente.
Lá pelas tantas, (ela não sabia dizer quantos minutos se passaram) ela soltou e abriu a porta.
Com a vassoura em punho praguejava contra o rapaz que assustado tentava se recompor...
A esta altura já lá haviam uma dezena de pessoas rindo-se do rapaz que mesmo humilhado ainda praguejou contra a senhora.
D. Maria olhou bem séria para todos e depois para o rapaz e disse com voz firme: - Desta vez eu só torci, mas da próxima eu corto!

 
Nem é preciso mais exemplos do que acontece nas noites de Coimbra nos bares da imediações da Sé Velha...
 
 
Em março deste ano me mudei da casa de D. Anita e passei a viver num sitio mais calmo, sem as agitações da Alta histórica... Mas com muita dor no coração por sair de perto de D. Anita, tão querida!
 
Assim, passei os meses mais tranquila e quase sem sobressaltos, não fosse os vizinhos de baixo que vez por outra brigam... Na verdade, o homem grita, a mulher fica chorando e de vez em quando arrisca umas respostas... Isso me irrita! A gritaria também, mas pior é o fato desta mulher não reagir, não chamar a polícia, nem colocar o idiota pra fora de casa!
Às vezes, quando é tarde da noite e ele começa a praguejar eu pego a vassoura e bato com o cabo no piso, aí ele reclama um pouco, mas para logo...
Já faz umas semanas que as coisas andam calmas no andar de baixo... Ainda bem!